Benefícios da babosa
A babosa é uma agave em formato de
cacto, conhecida mundialmente pelo seu poder de cura e diversas propriedades
medicinais, principalmente quando age sobre a pele. Muitas queimaduras de grau
elevado (profundas) tratadas com aloe conseguem evoluir para uma queimadura de
menor grau em poucos dias. A babosa pode ser utilizada de várias formas,
incluindo suco, gel, creme, pomadas, cápsulas, tônico e até mesmo em sua forma
natural (in natura).
A indústria cosmética vê a Aloe vera
como base e fitocosmético para vários produtos de beleza, tais como cremes
faciais e capilares, limpadores de pele, fortalecedor do couro cabeludo e
desodorantes. Ajuda também a combater a caspa, previne contra as rugas
hidratando peles ressecadas e flácidas e, aplicada como loção após a barba, é
ótimo suavizante para a pele.
A babosa também é muito útil para o
tratamento de cortes e feridas, acne, coceiras, manchas na pele, picadas de
insetos, dores musculares, problemas digestivos, artrite, sinusite e asma, além
do já citado combate eficiente à queimaduras, seja por fogo ou raios solares.
Os principais componentes da babosa (aloína, aloeferon, aloetina e barbalodina)
são responsáveis pelas propriedades cicatrizantes da planta, que é também
também utilizada como tônico digestivo e laxante.
Quanto a utilidade da babosa no
tratamento do cancêr, nada ainda foi comprovado pela comunidade científica
sobre sua eficiência. Alguns estudos já concluiram que a babosa fortalece o
sistema imunológico e tem ação anti-inflamatória e antiviral (inclusive
inibindo a multiplicação do vírus da AIDS). Algumas pesquisas isoladas
mostraram que os oligossacarídeos presentes na Babosa ajudam a combater as
células malignas. Algumas pesquisas sugerem que os princípios ativos
encontram-se no gel mucilaginoso das folhas da babosa e não na casca da folha.
Enquanto o uso interno da babosa ainda
é tema de muita discussão entre a comunidade científica, a efetividade da
planta quanto ao uso externo (aplicação tópica) é unânime. Sobre a pele, as
substâncias contidas na babosa agem formando uma camada protetora e
refrescante, com amplo uso cosmético e medicinal.
A Aloe vera spp. (Aloe vera ou
Aloe barbadensis) faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais
de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial
de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do
Ministério da Saúde do Brasil.
Contraindicações e
efeitos colaterais da babosa
Alguns componentes da babosa têm
propriedades emenagogas (aumentam o fluxo sanguíneo), por isso a babosa é
contra-indicada na gravidez. Em doses altas, a Aloe vera pode provocar vômitos
e se transformar num purgativo drástico, sendo totalmente desaconselhável seu
uso em crianças, onde os efeitos colaterais podem ser potencializados. O uso
também é contra-indicado em casos de varizes, hemorroidas, afecções renais,
enterocolites, apendicites, prostatites e cistites. O uso interno prolongado
provoca hipocalemia e favorece o surgimento de hemorroidas.
O consumo da babosa não deve ser
indiscriminado, pois pode provocar dores abdominais, fortes diarreias (onde
muitos defensores da planta afirmam ser o “efeito limpeza”) e, em doses
elevadas, pode causar até inflamação nos rins.
História e curiosidades:
O nome do gênero Aloe seria originário
do hebráico halal ou do arábico alloeh, que
significa substância amarga, brilhante e recorre ao gel da babosa. O nome da
espécie vem do latim vera (= verdadeira). Ao que tudo indica, ela é
considerada uma planta poderosa há muito tempo.
A evidência mais antiga do uso da
babosa mais antiga foi encontrada em um tablete de barro na Mesopotâmia, datado
de 2.100 a.C, segundo um estudo da Atherton High School.
Referências para seu uso como um agente curativo podem ser achadas também nas
culturas dos antigos egípcios, chineses, gregos, indianos e também na
literatura cristã.
Antigos muçulmanos e judeus acreditavam
que a babosa representava uma proteção para todos os males e, por isso, usavam
as folhas até penduradas na porta de entrada da casa. Alexandre, o Grande,
teria conquistado as Ilhas de Socotorá, no Oceano Índico (século IV a.C.),
porque lá vegetava abundantemente um tipo de babosa que produzia uma tinta
violácea. Há quem diga, entretanto, que na verdade, o conquistador conhecia os
poderes cicatrizantes da babosa e seu principal interesse nas ilhas era ter
plantas suficientes para curar os ferimentos dos seus soldados após as
batalhas. Lendas também indicam que a babosa era um dos segredos da beleza de
Cleópatra.
Na África, caçadores esfregam o suco de
babosa em seus corpo para reduzir a transpiração e mascarar o cheiro humano. A
babosa é uma das plantas mais adaptáveis e fáceis de se desenvolverem. Porém,
deve-se tomar cuidado, vez que as folhas da babosa utilizadas em grande
quantidades podem causar náuseas e vômitos.